domingo, 20 de março de 2016

Implicações do modelo atual de educação escolar

 
Numa visão “macro” adotar o modelo atual de educação visa garantir a formação da cultura geral do aluno – ele deverá aprender de tudo e com um determinado nível de profundidade, medido com o instrumento avaliação.  Ótimas intenções. Porém, na minha visão “micro”, eu enxergo a prática desse modelo como um fator (entre outros) que atrapalha o desenvolvimento dos talentos individuais e da motivação por aprender. Esse modelo prioriza medir a aprendizagem por exames rigorosos, medir a capacidade do aprendiz de repetir o ensinado, que nem sempre revela o verdadeiramente aprendido e compreendido. 

Neste processo perde-se o manancial de criatividade que a criança tinha e trazia até entrar em contato com as exigências da educação escolar.  Recomendo assistir o vídeo "Tim Brown sobre Criatividade e jogo" com duração aproximada de 27min e legendas em português. O palestrante realiza experiências com o público que enfatizam o comportamento do adulto. Vale a pena assisti-lo. 

Desde o meu ponto de vista, considero que o modelo até hoje utilizado está na hora de ser transformado e  adaptado às novas condições tecnológicas, sociais e culturais da humanidade. E se converter num modelo educativo focado no aluno, para ensinar a pensar, a debater, a demonstrar, a dar argumentos, a interpretar fatos, a aplicar o aprendido na busca pela melhoria e pela solução dos problemas sociais e econômicos de seu momento histórico. Um modelo preocupado com as individualidades e o aspecto emocional dos aprendizes em pro de uma vida mais humana.  

Perante a minha preocupação, tenho pensado e procurado sobre o que os especialistas nesta área pensam e como países como a Finlândia ao colocar o aluno como centro do processo instrucional obtive resultados muito positivos nas avaliações PISA (Programme for International Student Assessment)  dos últimos anos.  
 
Escolhi pensar neste caminho de raciocínio que ainda não amadureceu o suficiente, porém, compartilho em próximos posts na sua fase de “a minha ideia de um novo modelo educativo, um modelo preocupado pela aprendizagem rápida, pelo aproveitamento das características individuais do aprendiz e para a aplicação imediata do aprendido.

Seria muito bom conversar sobre isto, escutar critérios diferentes, e em conjunto construir um modelo mais adequado às condições de hoje e pensando no futuro próximo, onde a Internet das coisas fará parte da vida cotidiana. Essa geração da internet deverá ser aproveitada para a aprendizagem rápida do crescente acervo de conhecimentos, que vão integrando o conjunto de informações básicas a serem aprendidas na educação fundamental e media. Desenhar um modelo novo não é tarefa de uma pessoa só e sim de muitos, pensadores, especialistas e sobre tudo dos interessados nesta mudança necessária.

Mas, como seria esse novo modelo desde a minha perspectiva?

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